Um mercado florescente para os produtores ACP

cg.contributor.affiliationTechnical Centre for Agricultural and Rural Cooperationen
cg.contributor.donorEuropean Unionen
cg.coverage.regionACP
cg.coverage.regionAfrica
cg.coverage.regionCaribbean
cg.coverage.regionOceania
cg.howPublishedFormally Publisheden
cg.issn1019-9381en
cg.journalEsporoen
cg.placeWageningenen
cg.reviewStatusInternal Reviewen
cg.subject.ctaCOMÉRCIOen
dc.contributor.authorTechnical Centre for Agricultural and Rural Cooperationen
dc.date.accessioned2015-03-30T13:50:09Zen
dc.date.available2015-03-30T13:50:09Zen
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10568/64414
dc.titleUm mercado florescente para os produtores ACPen
dcterms.abstractNas últimas duas décadas os países em desenvolvimento aumentaram a sua cota de exportação para 24% do mercado mundial de flores cortadas. Mas, embora haja oportunidades reais para os produtores ACP, os pequenos floricultores ainda necessitam de apoio.en
dcterms.accessRightsOpen Access
dcterms.audienceDevelopment Practitionersen
dcterms.bibliographicCitationCTA. 2005. Um mercado florescente para os produtores ACP. Esporo 69. CTA, Wageningen, The Netherlands.en
dcterms.descriptionTrês décadas após as primeiras incursões dos países do Sul no mercado mundial das flores cortadas, a floricultura continua a representar esperança para os produtores ACP. A procura de flores cortadas explodiu no Norte, sobretudo na Europa, responsável por mais de 80% das importações globais. Entre 2001 e 2003, o Quénia, líder incontestado, aumentou a sua já substancial cota de exportação para a União Europeia (UE) em 17%. Mas outros intervenientes ACP têm sido lestos na entrada em cena, incluindo a África do Sul, a Costa do Marfim, a Tanzânia, o Uganda, a Zâmbia e, o mais espectacular, a Etiópia, que conheceu um crescimento de 230% no mesmo período. Os mais recentes a entrar em cena são os produtores das Caraíbas e do Pacífico. Na Jamaica, uma inexperiente indústria florícola abastece os mercados locais e vende antúrios, orquídeas, ginger e bicos de papagaio aos passageiros dos barcos de cruzeiro e a clientes americanos via internet. No Pacífico, um atelier de floricultura apoiado pelo CTA em colaboração com o Instituto de Investigação, Vulgarização e Formação Agrícola (IRETA), permitiu a um pequeno agricultor das Ilhas Salomão iniciar um negócio florescente. Não há rosas sem espinhos Numerosos países ACP possuem vantagens comparativas para a produção de flores de corte, no que se refere à terra, mão-de-obra, clima e tarifas preferenciais acordadas com a UE. Mas estudos demonstram que o transporte, a armazenagem e a distribuição absorvem uma grande fatia do valor acrescentado: a produção não representa mais do que 10% do preço de venda. Apesar de compensador, o futuro pode mostrar-se menos radioso que o passado. O crescimento da produção ultrapassou a procura e os países ACP enfrentam a dura competição colombiana e chinesa. Os preços das flores cortadas mais usuais (cravos, alstroemeria ou rosas) estão em queda devido a uma oferta excedentária; os preços das flores mais exóticas são mais estáveis. As flores tropicais constituem um nicho comercial em expansão e orquídeas, antúrios, ginger, strelitzias (ave-do-paraíso), bicos de papagaio e proteias, têm grande procura. As preocupações dos consumidores Nascida apenas em 1972, a indústria hortícola do Quénia encontra-se já em quarto lugar nas exportações do país, em termos de receitas, atrás do chá, café e do turismo. Mas um crescimento tão rápido tem os seus custos. O Quénia encontra-se debaixo de fogo devido às más condições de trabalho e a uma utilização excessiva de produtos químicos. A crescente pressão dos consumidores em países importadores fundamentais como a Alemanha forçou o Conselho Queniano para a Floricultura a adoptar um código de boas práticas. A FAO enviou peritos na luta integrada contra pragas a Nyeri, no centro do país, para formar os 5500 grupos de mulheres produtoras de flores. Os horticultores do Sul enfrentam numerosos obstáculos. A produção de flores é uma actividade de capital altamente intensivo e as regulamentações rígidas do mercado internacional, como os limites máximos de resíduos (LRM) e outras normas sanitárias e fitossanitárias (SFS), são pouco negociáveis. Para um produto tão perecível, a embalagem, o armazenamento no frio e boas redes de transporte são cruciais mas onerosos pré-requisitos, e os produtores do Sul partem em desvantagem devido à distância. Companhias holandesas e alemãs implantaram-se em vários países ACP por forma a poderem ter controlo directo sobre a qualidade, distribuição e comercialização (ver Esporo 35). A maioria dos produtores de flores cortadas no Sul depende de produtores do Norte aos quais tem de pagar royalties sobre o material vegetal. Qual o futuro da floricultura? Dados estes constrangimentos, não é surpreendente que o sector seja dominado pelas grandes empresas europeias. Segundo a Agência Queniana de Desenvolvimento de Culturas Hortícolas, a produção dos pequenos horticultores tem diminuído no decurso dos últimos 5 anos. Mas apesar destes obstáculos, os produtores ACP avançam confiantes no futuro da floricultura. O Uganda está a empregar na produção de flores a cultura hidropónica que limita as doenças e as pragas. Na Zâmbia, Peter Mtumbe, um pequeno agricultor, passou do milho para as rosas, e planeia duplicar a sua operação. Na Etiópia, uma empresa familiar tornou-se num importante exportador internacional, enquanto nas Fiji as mulheres foram ajudadas a exportar flores para o Havai e Nova Zelândia (ver Esporo 68). A África do Sul encontrou um mercado rentável no cultivo de crisântemos. Um guia de exportação publicado pelo Centro para a Promoção de Importações de Países em Desenvolvimento (CBI) identificou as flores estivais - floração produzida durante o inverno na Europa - como um sector prometedor. As vendas para supermercados aumentaram igualmente, uma tendência que oferece oportunidades para os produtores ACP, mas que também coloca desafios. A exploração de um mercado que a maioria considera ainda florescente pressupõe uma investigação agrícola activa para desenvolver as espécies locais e para o combate às doenças e pragas. O Secretariado-Geral da Comunidade do Pacífico (SPC) apoia os horticultores das Fiji no tratamento de um fungo que ataca o ginger vermelho (Alpinia purpurata). Segundo um estudo recente, apoiado pelo CTA, os produtores necessitam de assistência para responder às exigências da importação, da distribuição e da comercialização. Uma resposta engenhosa é o Parque de Negócios de Flores, criado por um cultivador de rosas de Naivasha, no Quénia, onde os cultivadores de flores pagam serviços, que vão da disponibilização de terras e água à assistência no local para licenças de exportação.en
dcterms.isPartOfEsporo 69en
dcterms.issued2005en
dcterms.languagept
dcterms.licenseCopyrighted; all rights reserved
dcterms.publisherTechnical Centre for Agricultural and Rural Cooperationen
dcterms.typeNews Item

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