Caju: Uma castanha em plena transformação

cg.contributor.affiliationTechnical Centre for Agricultural and Rural Cooperationen
cg.contributor.donorEuropean Unionen
cg.coverage.regionAfrica
cg.howPublishedFormally Publisheden
cg.issn1019-9381en
cg.journalEsporoen
cg.placeWageningenen
cg.reviewStatusInternal Reviewen
cg.subject.ctaTECNOLOGIAS PÓS-COLHEITAen
dc.contributor.authorTechnical Centre for Agricultural and Rural Cooperationen
dc.date.accessioned2015-03-30T13:47:58Zen
dc.date.available2015-03-30T13:47:58Zen
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10568/64412
dc.titleCaju: Uma castanha em plena transformaçãoen
dcterms.abstractA castanha de caju africana está num ponto de viragem. As novas normas sanitárias europeias conjugadas com o preço do transporte encorajam o descasque do caju localmente e a construir um sector sólido.en
dcterms.accessRightsOpen Access
dcterms.audienceDevelopment Practitionersen
dcterms.bibliographicCitationCTA. 2006. Caju: Uma castanha em plena transformação. Esporo 73. CTA, Wageningen, The Netherlands.en
dcterms.descriptionAproximadamente 3 milhões de pequenos agricultores numa dezena de países africanos cultivam o cajueiro (Anacardium occidental) para um mercado mundial em constante crescimento (+ de 6% por ano). Dotado de virtudes dietéticas, o fruto desta árvore das savanas, designado castanha de caju, é muito procurado, essencialmente pelos países ocidentais e recentemente pela China. O comércio internacional, que representa um quinto da produção mundial, estimada em 2,3 milhões de toneladas em 2005, deverá continuar a crescer. Eis uma oportunidade para os países africanos, dos quais seis figuram entre os dez maiores produtores de caju (por ordem decrescente: Nigéria, Tanzânia, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Moçambique e Benim). São todavia ultrapassados pela Índia, Brasil e sobretudo pelo Vietname, que sozinho assegura perto de um terço da produção mundial. Perto da Europa, dotada de mão-de-obra abundante e barata, a África, que produz castanhas de caju muito procuradas pela sua qualidade, tem vantagens reais. Mas apenas explora o seu potencial parcialmente. Com efeito, exporta 90% dos seus cajus em bruto para a Índia, que os descasca antes de voltar a exportar, torrados ou transformados, para a Europa e para os Estados Unidos. A maior parte do valor acrescentado escapa por conseguinte a África. Uma nova estratégia Este circuito, nascido do desmantelamento dos organismos de comercialização do estado, está no entanto em vias de se modificar. Por um lado, os indianos estão doravante mais predispostos a descascar em África devido ao aumento dos custos do petróleo e do transporte. Por outro lado, desde 2005, as novas normas sanitárias da UE levam a uma maior preocupação com a qualidade das mercadorias sob pena de perder clientes. Os importadores europeus não querem arriscar ser condenados se um dos lotes se revelar perigoso para a saúde dos consumidores. Em virtude da exigência de rastreabilidade, qualquer elo da cadeia, entre o campo onde cresceu o caju e o último retalhista, deve poder, no caso de haver problemas, indicar a proveniência exacta da mercadoria que vendeu, transformou ou embalou. Mas a responsabilidade reporta exclusivamente ao importador. A mudança de estratégia dos operadores indianos teve o seu início há dois anos. Em 2004 e 2005, o grupo Olam International, que comercializa um quarto do caju mundial, abriu fábricas de transformação na Nigéria e na Costa do Marfim. Projectos similares desenvolvem-se no Gana e na Guiné-Bissau. Na Tanzânia, o mesmo grupo abriu uma fábrica de tratamento em parceria com a ONG americana Technoserve. Em Moçambique, um acordo prevê que os indianos apoiem financeira e tecnologicamente a reconstrução desta indústria que ficou em dificuldades nos anos 90. Transformar em África Por outro lado, financiadores e governos, doravante em uníssono, desejam que a transformação do caju se faça de hoje em diante em África. É uma forma de reduzir a pobreza criando emprego. O descasque é efectuado frequentemente à mão pelas mulheres. Estes promissores sectores africanos foram estudados de perto desde 2000. Programas nacionais apoiam pequenos e médios produtores ao longo de toda a cadeia. Assim, o Benim, que aposta no caju para substituir parcialmente o algodão, começa a formar os seus agricultores. Um fundo de garantia ajuda os agricultores a obter crédito junto de instituições de microfinança. Seis pequenas unidades de descascamento foram criadas desde 2003. A nível regional, o Projecto de Desenvolvimento das Exportações de Castanha de Caju de África, financiado nomeadamente pelo Centro de Comércio Internacional (CCI), visa colocar em rede todos os actores do sector para desenvolver as exportações directas de castanha bruta e transformada, quer para os países industrializados, quer para o mercado regional. Descascar em África não coloca problemas técnicos reais. Existem pequenas unidades industriais a um preço relativamente acessível. Apesar de delicado, o descasque manual dá bons resultados. Trata-se de libertar a amêndoa da sua casca dura sem a quebrar, sob pena de desqualificação, permitindo o aproveitamento do precioso bálsamo de caju, Cashew nut shell liquid (CNSL), um líquido irritante para a pele, utilizado pela indústria dos lubrificantes e dos vernizes. Um sector a investir Estudos demonstram que, bem geridas, as fábricas em mãos de associações, cooperativas locais e pequenos ou médios empresários privados, podem ser rentáveis em África e fornecer um caju de qualidade. Uma das maiores dificuldades no arranque é financiar a formação de stocks durante os dois meses da colheita, a fim de permitir ter as fábricas activas durante todo o ano. O agrupamento dos operadores é além disso um elemento indispensável para realizar campanhas de marketing e aumentar a capacidade de negociação. Os novos investidores têm, com efeito, de fazer face à concorrência de empresas que dispõem de sólidas redes de aprovisionamento e comercialização. O descasque é apenas a primeira etapa da transformação da castanha de caju que pode posteriormente ser torrada, salgada ou servir para a confecção de todo o tipo de produtos de confeitaria. Outras partes do caju também podem ser valorizadas. O falso fruto, fresco e rico em vitamina C, é muito apreciado localmente. Presta-se à preparação de sumos, vinho e doces. O Gana também desenvolveu um brandy de qualidade produzido a partir do falso fruto. Mas todos estes produtos não foram até ao presente objecto de uma promoção direccionada ao mercado europeu ou ao mercado regional, considerado todavia com potencial.en
dcterms.isPartOfEsporo 73en
dcterms.issued2006en
dcterms.languagept
dcterms.licenseCopyrighted; all rights reserved
dcterms.publisherTechnical Centre for Agricultural and Rural Cooperationen
dcterms.typeNews Item

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